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Por Samuel Garbuio

September 13, 2017

Amar é uma decisão!

O adulto que ama gratuitamente, ou foi uma criança que recebeu amor, ou aprendeu e decidiu amar. Se toda vida infantil fosse feita de amor, quanto melhor não seríamos? Se todos os modelos representassem paz, quantas coisas boas e positivas não entregaríamos para as pessoas à nossa volta?

Mas o ser humano é complexo, talvez não exista receita. Um dia desses passei dez minutos sentado num estacionamento de um supermercado e aproveitei para observar o comportamento das pessoas, como elas se relacionam seja com pessoas desconhecidas ou não.

Enquanto eu olhava aquelas pessoas chegando, saindo, uns entretidos outros entediados, alguns distantes outros indiferentes, duas cenas me chamaram a atenção, relacionadas à ausência de amor na maior figura em que se deveria encontrar esse sentimento, a figura materna.

Cena 1: a mãe com irritação na voz e impaciência diz à filha: “vai com sua vó”. A avó com um sorriso amarelo coloca a neta dentro do carro enquanto espera pela mulher que foi guardar o carrinho de compras.

Me perguntei na hora o que a garotinha de uns 7 ou 8 anos sente e pensa nesse momento. Será que para ela isso já é algo normal? Pode ser. O que pensa a avó? O que sente a mãe?

Cena 2: uma avó dá socos de leve nas costas da netinha como sinal de carinho.

Os socos parecem aplicados com força desproporcional, então as peças não se encaixam na minha cabeça naquele momento.

Após isso me vêm alguns pensamentos: as pessoas normalmente dão aquilo que recebem, ou pelo menos como podem oferecer aquilo que não conheceram, como podem compreender e assimilar a importância de algo que não as fora ensinado como valor e princípio.

Muitas pessoas estão infelizes, carentes, frustradas, desanimadas, quebradas, acuadas, endividadas, famintas, sem forças e esperança. Muitas estão transferindo isso para as famílias e para aqueles que estão à sua volta.

Mas é possível mudar isso. Amar é uma decisão. Se hoje falta amor, carinho e respeito entre as pessoas, talvez seja porque dentro das famílias, maior símbolo de amor possível, esteja sobrando ausência desse sentimento.

Não tenho filhos, não sei o quanto é difícil educar e transmitir amor, mas vejo muito desamor, por toda parte.

O amor parece raro, escasso. Penso que algumas ou muitas pessoas estão apáticas, o amor parece continuar fora de moda. A individualidade está em alta e tudo parece descartável frente ao consumo incentivado de novos celulares, computadores, carros e relações afetivas.

Parece que alguns filhos tornaram-se um peso. Pessoas estão sendo descartadas, assim como os objetos. As relações afetivas estão sendo substituídas antes mesmo de serem construídas.

Talvez a internet e a tecnologia estejam contribuindo significativamente para a banalização das relações, do amor, da felicidade.

Talvez um cardápio farto à mostra, um imediatismo para o prazer, uma busca desenfreada por ditas novas sensações de liberdade, felicidade e uma recusa da dor e sofrimento estão motivando as trocas incentivadas pelo capitalismo. Inclusive aquelas relacionadas a vida amorosa.

Mas essa felicidade é ilusória. Porque a verdadeira felicidade cultiva e distribui amor, colhe carinho.

Alex Supertramp, cuja história foi contada no filme Into the Wild, descobriu que a felicidade só é real quando compartilhada, acredito que com aqueles que amamos ou que nos são especiais de muitas formas. Acredito que com aqueles que decidimos verdadeiramente acolher e amar.

As coisas e as relações não têm valor em si mesmas. Caso contrário, elas teriam o mesmo valor para qualquer pessoa. Cada um decide o porquê e o quanto gosta de algo. Somos nós que atribuímos valor as relações. Amar é uma decisão.

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Amar é uma decisão

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